MP denuncia duplo homicídio triplamente qualificados, homicídio tentado e receptação, envolvendo vereadora, crime organizado e delação premiada, para o Tribunal do Júri.
O Ministério Público do Rio de Janeiro vai recorrer à condenação máxima para os autores do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. O Tribunal de Juri começa a julgar os réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.
Segundo o Ministério Público, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz são os executores dos crimes, mas Marielle Franco e Anderson Gomes foram vítimas. A vereadora Marielle Franco era uma figura pública conhecida por sua atuação contra violência policial e desigualdade social. O julgamento desta quarta-feira é uma etapa importante para Marielle e para sua família.
Processo de Marielle Franco: Um Crime Organizado
O Ministério Público, com o apoio da Polícia Civil, denunciou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz por crime de duplo homicídio triplamente qualificado, além de homicídio tentado e receptação. Essa ação marcou um marco importante no caso de Marielle Franco, uma figura importante na política brasileira.
Período de Investigação e Julgamento
Em 2019, Lessa e Queiroz foram presos em uma operação conjunta entre o Ministério Público e a Polícia Civil. A investigação foi extensa, envolvendo análise de provas e depoimentos de testemunhas. Dentre os testemunhos, o de Fernanda Chaves, assessora de Marielle, foi fundamental, pois ela sobreviveu ao atentado e foi uma das principais fontes de informações.
Preparativos para o Julgamento
O processo de Marielle Franco envolveu a seleção de 21 pessoas para o Tribunal do Júri. No entanto, apenas sete deles iriam compor o júri que julgaria o caso. Durante o julgamento, os jurados ficaram incomunicáveis e foram acomodados em dependências restritas do Tribunal de Justiça do Rio.
O Ministério Público pretendia ouvir sete testemunhas, incluindo Fernanda Chaves. Além disso, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz seriam ouvidos por videoconferência, uma vez que Lessa estava preso em São Paulo e Élcio, em Brasília.
Delação Premiada e Confissão
Lessa e Élcio de Queiroz foram réus confessos e fizeram delações premiadas com a Polícia Federal para esclarecer o crime. Segundo Lessa, ele foi o responsável por disparar os tiros que mataram Marielle e o motorista. Ele também alegou que o crime foi cometido a mando dos irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, que negaram as acusações.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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